9 mar 2012

Destaques do SpongeWATCH - Salvador, 2012 03 08

Destaques do SpongeWATCH - Salvador, 2012 03 08 (Praia do Porto da Barra)

Participantes mergulhadores: Eduardo Coli, Eduardo Esteves, Eduardo Hajdu, Gisele Lôbo-Hajdu, Philippe Willenz

Philippe Willenz e Eduardo Hajdu a poucos passos de iniciar o SpongeWATCH na Praia do Porto da Barra.
Gisele já nos aguardava na água.

Participantes no apoio em costa: Cássio Albernoz, Fabiana Fernandes, Ruth Desqueyroux-Faúndez, Sula Salani, Thabata Verlã

Lista de avistamentos: 

1.     Aiolochroia crassa
2.     Aplysilla cf. sulphurea
3.     Aplysina fulva
4.     Aplysina insularis,
5.     Aplysina solangeae
6.     Callyspongia sp.nov. 1,
7.     Callyspongia sp.nov. 2, 
8.     Chondrilla aff. nucula,
9.     Cinachyrella sp., 
10.   Clathria schoenus,
11.   Clathria venosa,
12.   Desmapsamma anchorata
13.   Dragmacidon reticulatum
14.   Dysidea etheria,




Dysidea etheria envolvendo Desmapsamma anchorata. Foto E. Hajdu.
A mesma imagem, porém com flash. Foto E. Hajdu.
15. Dysidea janiae
16. Echinodictyum dendroides
17. Erylus formosus


Erylus formosus em parede vertical semi-obscura. Foto E. Hajdu.


18.   esponja "laranja-samba" - coletada, 
19.   esponja (?) roxa com crivos - coletada,
20.   esponja “branca samba”,
21.   esponja grande laranja com areia embebida - coletada,
22.   esponja pequena amarela fosforecente que fica preta no álcool,
23.   Geodia corticostylifera,
24.   Haliclona melana
25.   Ircinia felix
26.   Ircinia strobilina
27.   Lissodendoryx (Anomodoryx) sp.nov.,


Lissodendoryx (Anomodoryx) sp.nov., espécie que prefereos substratos horizontais encobertos por fina camada de areia. Esta espécie está sendo preparada para  publicação por Sula Salani.
Uma descrição preliminar foi apresentada na forma de pôster no II SIBESP. Foto E. Hajdu.


28.   Monanchora arbuscula
29.   Monanchora cf. arbuscula


Monanchora cf. arbuscula. Há vários morfotipos de Monanchora na Praia do Porto da Barra, até recentemente todos atribuidos à M. arbuscula. Eduardo Esteves revelou que há diversas espécies ao longo do litoral brasileiro, e é importante verificar o componente espicular de cada espécime antes de se arriscar uma identificação definitiva. Foto E. Hajdu.


30.   Mycale angulosa
31.   Mycale laxissima


Mycale laxissima - morfotipo azul fosforecente em camada espessa (não tubular). Como já ressaltado no livro Esponjas Marinhas da Bahia, estes espécimes assemelham-se muito às Mycale mirabilis da Grande Barreira de Corais australiana. Foto E. Hajdu.


32.   Niphates erecta
33.   Petromica ciocalyptoides
34.   Petromica citrina
35.   Ptilocaulis walpersi,
36.   Scopalina ruetzleri,
37.   Tedania cf. ignis,
38.   Tedania ignis,

2° Super Dia no SIBESP!

A programação foi tão densa neste dia que não havia tempo sequer para uma escapulida ao banheiro! Foram quatro conferências, seis apresentações orais e o lançamento dos livros gerados como produtos da Rede para o Desenvolvimento da Taxonomia de Poríferos no Brasil. Além do mais, comunicamos os vencedores da seleção de melhores pôsteres e melhores apresentações orais, tomamos N+1 "fotos oficiais" dos presentes ao SIBESP, e ainda encontramos ATPs para rumar ao Largo da Mariquita e celebrar o sucesso do evento entre acarajés, tapiocas,queijos na brasa, caipirinhas e cervejas. Tudo entre uma chuva e outra.


MELHORES PAINÉIS

1° Lugar
NOVAS OCORRÊNCIAS DE ESPONJAS PARA O ECOSSISTEMA RECIFAL DO FRANCÊS (MARECHAL DEODORO, ALAGOAS) (de autoria de ANDRÉ FELIPE BISPO DA SILVA, MONICA DORIGO CORREIA, VICTOR RIBEIRO CEDRO, MARIANA DE SOUZA CARVALHO, SULA SALANI, EDUARDO HAJDU)

2° Lugar
CAPACIDADE REGENERATIVA EM UMA ESPONJA CALCAREA (de autoria de ANDRÉ PADUA, MICHELLE KLAUTAU)

3° Lugar
NOVA ESPÉCIE DO GÊNERO CLATHRIA (CLATHRIA) (POECILOSCLERIDA: MICROCIONIDAE) PARA O BRASIL
(de autoria de LYDIA MESQUITA VIEIRA DE BARROS NETA, GEORGE JOAQUIM GARCIA SANTOS, ULISSES DOS SANTOS PINHEIRO)
&
ESPONJAS DE RECIFES CORALINOS, MANGUEZAIS E BANCOS DE FANERÓGAMAS DA BAÍA DE CAMAMU E DA COSTA DO DENDÊ 
(de autoria de RENATO GUIMARÃES DE OLIVEIRA , ANAÍRA LAGE DE SANTA LUZIA DE JESUS , CARLA MARIA MENEGOLA DA SILVA)


A seleção dos melhores painéis contou com a inestimável ajuda de André Resende de Senna (Prof. Dr.) e de Rafael Bendayan de Moura (M.Sc.).

André Felipe Bispo da Silva, aluno de graduação da Universidade Federal de Alagoas,
recebendo o certificado e prêmios pelo melhor pôster apresentado no II SIBESP.


MELHORES APRESENTAÇÕES ORAIS


1° Lugar
Amphilectus – POECILOSCLERIDA OU HAPLOSCLERIDA? UMA PERSPECTIVA FILOGENÉTICO-MOLECULAR (de autoria de BRUNO COSME, EDUARDO HAJDU, MELANIE LOPES, THIAGO DE PAULA, GISELE LÔBO-HAJDU)
&
COMUNIDADES DE ESPONJAS ARRECIFALES EM SITIOS DE BUCEORECREATIVO DEL ARCHIPIÉLAGO SABANA-CAMAGÜEY, CUBA (de autoria de LINNET BUSUTIL, PEDRO M. ALCOLADO)


2° Lugar
FILOGENIA DE Acanthotetilla (DEMOSPONGIAE, SPIROPHORIDA, TETILLIDAE) COM DISCUSSÃO SOBRE O VALOR SINAPOMÓRFICO DAS DIACTINAS ESPINADAS (de autoria de JULIO C.C. FERNANDEZ, SOLANGE PEIXINHO, EDUARDO HAJDU)
&

ESTUDO DA CONECTIVIDADE ENTRE POPULAÇÕES DE Clathrina aurea (PORIFERA, CALCAREA) NO BRASIL (de autoria de ANDRÉ PADUA, HAYDÉE CUNHA, MICHELLE KLAUTAU)


3°Lugar
DESENVOLVIMENTO PÓS-EMBRIONÁRIO E FORMAÇÃO DO SISTEMA AQUÍFERO DE ESPONJAS CALCAREAS (PORIFERA, CALCAREA) (de autoria de EMILIO LANNA, MICHELLE KLAUTAU)


A seleção das melhores apresentações orais contou com a inestimável ajuda dos Drs. Ruth Desqueyroux-Faúndez (Genebra, Suiça), Pedro Alcolado (Havana, Cuba) e Philippe Willenz (Bruxelas, Bélgica).

Linnet Busutil, aluna do Dr. Pedro Alcolado, do Instituto de Oceanologia de Cuba,
momentos antes de receber o prêmio pelo 1° lugar nas apresentações orais, empatada com o trabalho de Bruno Cosme e colaboradores. O certificado para as apresentações orais premiadas ainda não estava pronto.

6 mar 2012

1 ° dia do SIBESP foi um sucesso!!

Cerca de 30 participantes assistiram as conferências do período do manhã, e um pouco menos estiveram presentes à mesa-redonda e apresentações orais da tarde. Todas apresentações geraram debates, alguns dos quais precisaram ser interrompidos para evitar atrasos na programação. O pesquisador cubano, Dr. Pedro Alcolado, presidiu a seção de apresentações orais.

Alguns tema levantados nos debates, que permaneceram sem fechamentos conclusivos foram:

1) Aplysina fulva compreende um único genótipo no Brasil e no Caribe? Aparentemente os espectros de variabilidade morfológica diferem em ambas regiões.

2) Devemos priorizar o estudo taxonômico do material depositado em coleções, aquele oriundo de áreas notoriamente subamostradas, ou privilegiar abordagens mais integradas, potencialmente geradoras de maior impacto para os trabalhos que virão a ser publicados?

3) Como estimular a ampliação da fração publicada de dissertações e teses? Permitindo sua redação já em lingua e formato para publicação, ou concedendo meses extra de bolsa para a versão dos textos ao inglês e sua submissão para publicação?

4) Serão as plataformas de petróleo o principal vetor de entrada para espécies marinhas exóticas no país? Haveria uma fauna de poríferos acompanhante do coral-sol em sua chegada ao país?

5) Qual o impedimento para o uso de ferramentas moleculares elucidativas da hipótese de panmixia, para espécies de poríferos de águas continentais postuladamente cosmopolitas, tal como Eunapius fragilis?

A seção de painéis também esteve bastante concorrida, apesar do calor desumano que reinava absoluto. Todos os apresentadores ao lado de seus painéis e com muito boa vontade para esmiuçar seus resultados conforme as perguntas que recebiam. Estavam presentes autores de Alagoas, da Bahia, do Ceará, do Pará, de Pernambuco e do Rio de Janeiro; além dos países Bélgica, Cuba, Peru e Suiça.